Mundo Negro

“Busque referências que te representem”, parceira de marca da Prada Fragrances, Camilla de Lucas fala sobre a importância da autoestima

Camilla de Lucas para campanha da Prada Fragrances / Crédito: Thiago Bruno Loreal

Camilla de Lucas não para de surpreender. Em constante crescimento profissional, a influenciadora se tornou a mais nova parceira de marca da Prada Fragrances. Empresa italiana de moda elegeu Camilla como embaixadora de Prada Candy eau de parfum – uma fragrância lúdica e sofisticada, que combina em proporções excessivas sutis almíscares brancos, benjoim quente e um toque viciante de caramelo; incorporando as múltiplas facetas da personalidade da mulher: engenhosa, de espírito livre e sempre fiel a si mesma e aos outros.

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Ao MUNDO NEGRO, Camilla contou sobre a nova experiência, sobre sua relação com o perfume e sua relação com a autoestima.

MUNDO NEGRO: Como você recebeu a notícia de que a Prada queria você como embaixadora? Era algo que você se imaginou fazendo em algum momento da sua vida?


Fiquei muito feliz e honrada ao receber o convite para ser embaixadora da
Prada, e claro que topei de primeira! A marca faz parte da minha vida desde muito tempo. O
meu primeiro frasco foi um presente do meu noivo. Eu não imaginava um dia representar essa
marca, então felicidade resume!

Até o momento como embaixadora de Prada qual foi seu momento preferido?


Fazer a campanha do perfume para a Vogue foi muito emocionante, sem
dúvidas!

Qual sua relação com o perfume? É algo que você já levanta usando? Você tem
alguma dica de fixação ou lugares no corpo onde você acha estratégico passar o perfume?


O Candy me remete muito ao meu namorado, por exemplo, porque foi ele
quem me deu e toda vez que uso acabo lembrando dele com carinho. Eu geralmente uso mais
em ocasiões especiais e gosto muito de aplicá-lo nos pulsos, atrás das orelhas, pescoço e nuca.

Camilla de Lucas para campanha da Prada Fragrances / Crédito: Thiago Bruno Loreal


Você muitas vezes falou sobre sua autoimagem na infância, que sofreu muito
racismo/bullyng na escola por ser uma jovem negra. Como foi esse processo até chegar ao
nível de autoestima que você tem hoje e que conselho você daria para as pretinhas
adolescentes que estão vivenciando o que você viveu?


Eu passei a me ouvir muito mais do que a ouvir o que os outros diziam de mim.
Eu aprendi que tenho que me sentir bonita independentemente de conceitos ou opiniões. É
super cansativo buscar a validação dos outros e é extremamente libertador aceitar quem você
realmente é. Meu conselho para as meninas é: sinta-se linda, busque referências que te
represente e não dê importância para o que os outros acham!


Você agora está noiva e feliz no amor. Como você analisa a importância de
amar a si mesma como componente em uma relação saudável?


É extremamente importante se amar para a relação fluir. O meu amor-próprio,
por exemplo, foi sendo construído conforme eu amadurecia. Eu decidi me amar quando entendi
que isso ia além de qualquer coisa. Antes de receber de alguém eu teria que ser o meu abrigo,
o meu colo, eu teria que me motivar, acreditar em mim e não me julgar. A partir desse
entendimento meu amor-próprio foi sendo lapidado pouco a pouco. Enxergo o Mateus como
alguém que veio para somar, que é meu parceiro e melhor amigo, alguém que eu me sinto livre
sendo eu mesma. Mas, acredito que nossa relação tem esse elo tão forte porque antes de
cuidarmos um do outro, cuidamos de nós mesmos primeiro.

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