O cabelereiro de crespas e cacheadas Bruno Dantte foi acusado de assédio por funcionárias, clientes e alunas de seu curso. Os casos vieram à tona depois que uma ex-funcionária, a cabelereira Pazian, contou em suas redes sociais o assédio moral sofrido. Pazian se mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro para trabalhar em um dos salões de Bruno, e conta que foi demitida três semanas depois, sem explicações e sem nenhum apoio, após ter arcado com todos os recursos da mudança para a nova cidade.
Após os relatos de Pazian, uma série de outras mulheres começaram a enviar casos de assédio e importunação sexual e outras histórias de funcionárias começaram a surgir. Samara Felippo, que é mãe de duas crianças negras que cuidavam dos cabelos com o profissional, se manifestou nas redes sociais conta os abusos e pediu desculpas por ter indicado o profissional a outras pessoas.
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Sammara Rosa, que trabalha no salão de Bruno Dantte, pediu em suas redes sociais que as pessoas saibam separar o que é de responsabilidade do acusado do que é o trabalho das profissionais que atuam no salão. “Eu sinto muito por todas as pessoas que sofreram assédio, isso é muito difícil, é muito complicado. A pessoa que é responsável por essa situação está sendo afastada. Quem mantém aquilo ali de pé é o trabalho dos funcionários e eu confio na nossa integridade”, disse.
Em nota, o cabelereiro nega as acusações.
“A assessoria de imprensa do empresário e cabeleireiro Bruno Dantte informa que, devido aos últimos acontecimentos, o mesmo optou por afastar-se de suas atividades e empresas por tempo indeterminado até que todos os fatos sejam esclarecidos e cessem os ataques difamatórios que lhe estão sendo indevidamente veiculados nas redes sociais.
A assessoria jurídica do empresário já está tomando as medidas cabíveis e necessárias. Bruno deixa registrado que lamenta profundamente o ocorrido e que não compactua com nenhum tipo de comportamento abusivo.”
Nota da redação: O Mundo Negro postou dois artigos sobre cabelos produzidos por Bruno Dantte antes das denúncias virem à tona. Declaramos nossa solidariedade às vitimas que sofreram assédio e reforçamos que não compactuamos com qualquer comportamento que agrida a integridade moral e física das mulheres.