Na lista de “mais procurados” do FBI, Assata teve sua biografia publicada pela primeira vez em 1988, nos Estados Unidos
A autobiografia da ativista negra americana e pantera negra Assata Shakur chega ao Brasil este ano pela editora Pallas. A informação é do Estado de Minas. Tendo completado há 75 anos no último sábado (16/7), Assata está na lista de “terroristas mais procurados” pelo FBI, o serviço de inteligência dos EUA e vive em Cuba – onde escreveu a autobiografia – desde 1980.
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No início dos anos 70, Assata já era um nome de destaque do movimento negro dos Estados Unidos, ligada aos Panteras Negras e ao Exército de Libertação Negra. Foi condenada à prisão perpétua pela morte do policial Werner Foerster – mesmo sem que vestígios de pólvora tenham sido encontrados em suas mãos. Há quatro décadas, Assata é considerada foragida e o FBI oferece uma recompensa de U$ 2 milhões por sua captura.
Assata foi para a prisão em 1977 e protagonizou uma fuga chocante em 1979, quando foi libertada por três homens negros, que invadiram a cadeia armados para soltá-la. Essa história também é contada no livro, cujo lançamento no Brasil é marcado por dois eventos: um no Rio de Janeiro, realizado na última quinta-feira (14/7), e outro em São Paulo, previsto para a próxima quarta-feira (20/7).
Os eventos contam com as presenças da escritora Cidinha da Silva; da cantora, atriz e ativista Preta Ferreira; da médica, ativista, escritora e diretora executiva da Anistia Internacional Brasil Jurema Werneck e da escritora e historiadora Ynaê Lopes dos Santos, que assina a apresentação da edição brasileira de “Assata: uma autobiografia”.