Vamos falar de racismo velado no BBB, de novo.
Além dos acontecidos expostos no último post, sobre a exclusão dos negros no reality, nesta semana houve mais um caso de racismo no BBB que mais uma vez passou despercebido.
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Babu, que há muito tempo não consegue se encaixar no grupinho da casa essa semana foi novamente retratado como “bruto e medonho” pelos participantes no “jogo da discórdia”.
E em uma conversa com amigos, Daniel afirmou que não associa a imagem de Babu no grupo VIP e sim na Xepa (e seus amigos riem de seu comentário)
Embora muitos seguidores tentem justificar a atitude dos outros participantes em relação a Babu, com a desculpa de que ele é arrogante e mal humorado uma análise mais profunda deve ser feita sobre a situação.
Pois alguns participantes que tem a mesma postura que o Babu (ou até piores) que atrapalham a convivência do coletivo não são punidos com a indiferença e exclusão.
Essa situação que Babu está passando no reality só nos mostra o quão despercebido o racismo pode passar.
Em anos de Big brother Brasil se conta nos dedos o número de participantes negros, e quando em minoria entram, a falta de identificação é tanta, que o programa que é uma grande experiência para muitos pode se tornar um pesadelo, para quem é negro. Que além de sofrer com a rejeição da casa, sofre também com a do público.
Mas eles garantem que é por afinidade.
Babu foi pego chorando no quarto momentos após o “jogo da discórdia” sozinho.
Quando um branco erra na casa, eles dizem que é por ingenuidade, sem intenção enquanto um negro é completamente excluído e vira motivo de chacota.
Em um outro episódio, enquanto o grupo desfruta de um lanchinho da madrugada, Babu passa desejando “boa noite” e Marcela fala que se ele merecesse o tiraria da xepa. Porém, em seguida diz: “Ou a gente põe no Paredão e daí sai e pode comer o que quiser”.
Tente não ficar incomodado com essa cena. pic.twitter.com/aTV9l76ZlE
— Alexandre Santana (@Iexandre) March 4, 2020
Muitos de nossos seguidores dizem que precisamos marcar presença negra nesses lugares. enquanto alguns defendem o boicote ao programa por parte dos negros.
Fica o questionamento, vale a pena se sentir excluído, ser afastado e até adoecer mentalmente na tentativa de ocupar esses espaços?