A cantora e atriz Linn da Quebrada falou, em entrevista à Quem, sobre a dificuldade que ainda tem de se perceber como alguém que pode ter grandes sonhos. Com uma carreira artística sólida e tendo uma passagem memorável pelo BBB 22, a artista ainda carrega as marcas da defesa contra as frustrações.
“Digo com certo pesar, mas não aprendi a sonhar, e acho que fiz isso inconscientemente para não me frustrar durante a vida. As coisas que foram se realizando antes mesmo que eu sonhasse. Até hoje não aprendi a sonhar muito grande, alto. Não sei o tamanho do que posso querer, mesmo estando nesses espaços em que estou me instaurando”, disse a multiartista.
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Prestes a apresentar o Prêmio Multishow, a artista avalia que é um privilégio viver este tempo de transformações. “Não via isso acontecer, ao mesmo tempo que eu projetava. Não necessariamente ser apresentadora da premiação, mas estar num lugar em que agora chego e digo ‘finalmente, que justo’. Que privilégio estar vivendo isso, mas não por mim, pelo público, porque deve estar sendo maravilhoso ver todas essas transformações acontecendo”, avalia.
Longe de querer cair nas armadilhas da representatividade, a artista pontuou, em coletiva de imprensa, que é um erro achar que uma pessoa, sozinha, pode representar toda a comunidade LGBTQIAP+. “Não é meu objetivo representar, mas se a gente olhar para esse olhar essa função de apresentadora, tendo como objetivo de representar uma comunidade, ela é falha por si só”, avalia.
Linn conquistou o Brasil durante sua participação no BBB 22 e teve a oportunidade de apresentar seu trabalho para uma grande parcela da população que ainda não a conhecia. Como ela já pontuou em outras ocasiões, ter saído do programa como uma travesti amada pelo público foi incrível.