A Coletiva Tear & Poesia de Arte Têxtil Preta Nativa realiza no dia 18 de novembro as Oficinas de Grafismos Indígenas e Africanos. Por conta da pandemia de Covid-19, as aulas serão gravadas e disponibilizadas gratuitamente no canal do Youtube da coletiva. Não é preciso realizar nenhum tipo de inscrição.
Os vídeos de ambas as aulas estarão disponíveis na sexta-feira (18), às 19h. A aula de grafismo indígena será ministrada por Kuanadiki Karaka, da etnia Karajá, e também por Antony Ribeiro dos Santos, da etnia Kaimbé. Já a oficina africana conta com a participação do professor Duchelier Mahonza Kinkani, da República Democrática do Congo.
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A importância dos grafismos
Para quem não conhece, os grafismos são as formas de representação geométrica de um determinado povo, que podem representar tanto a natureza quanto a cultura de determinados povo. Alguns povos tradicionais do continente africano ou os mais de 300 povos indígenas originários do Brasil são exemplos de povos que utilizaram essas sofisticadas representações artísticas para se comunicar e guardar suas memórias.
Os grafismos não são iguais, cada povo tem o seu, trazendo os mais diferentes significados, cores e traços, mostrando inclusive a diversidade dos povos indígenas que compõem o Brasil, por exemplo. “Os grafismos não servem apenas para serem vislumbrados, tatuados no corpo ou desenhados nas paredes das cidades. Por trás dos grafismos indígenas, há a história de luta e resistência de um povo”, é o que diz uma das palestrantes, Kuanadiki.
Representação dos valores e crenças
Nascida na cidade de São Felix do Araguaia, Kuanadiki pertence à etnia Karajá, da Ilha do Bananal (TO). É especialista na feitura de bonecas de cerâmica Karajá Iny e militante da saúde indígena. Para ela, os grafismos também têm como objetivo mostrar a identidade cultural de cada povo, por meio de cores, traços e significados diferentes.
“O grafismo Karajá (Iny) representa nossa força e união. Representa também os valores e crenças tradicionais e culturais dos karajá (Iny)”, explica Kuanadiki, que acredita que as oficinas possam ajudar as pessoas a respeitarem os traços indígenas. “Elas precisam saber que significado isso tem para o nosso povo, reconhecendo que cada povo tem seus grafismos. Reconhecer nossa diversidade fortalece nossas identidades”.
Serviço
Oficinas de Grafismos Indígenas e Africanos
Data: 18/11
Horário: os vídeos estarão disponíveis a partir das 19h e permanecerão no ar do Youtube da Coletiva Tear & Poesia.
Quem pode participar: livre para todos os públicos
Não é preciso realizar inscrição prévia
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