A série ‘arcanjo renegado’, que foi lançada em 2019 na GloboPlay, chegará a Tv aberta. O ator Marcello Melo Jr que\ interpreta o líder da equipe arcanjo e primeiro-sargento do Bope, usando uma temática policial e política para prosseguir na história.
‘Arcanjo Renegado’ é um thriller policial criado por José Júnior, com direção geral de Heitor Dhalia e direção de André Godoi. A série será exibida sempre às quintas-feiras na TV Globo, após o ‘BBB 21’, mas está disponível na íntegra para assinantes Globoplay na plataforma.
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Ao todo, serão dez episódios que vão ao ar semanalmente a partir desta quinta-feira (4) e o ator interpreta o protagonista Mikhael, que é filho de um ex-policial, Sargento Afonso (Marcello Melo), mas torna-se órfão ainda criança quando o pai é assassinado.
Confira a entrevista com o ator, falando um pouco mais sobre a série:
Entrevista com Marcello Melo Jr
Como foi para você receber a notícia de que “Arcanjo Renegado’ seria exibida na TV?
Recebi com muita alegria. Acho uma oportunidade maravilhosa para a grande massa assistir à série depois do sucesso no Globoplay. É um projeto bacana e de uma qualidade espetacular. Estava muito ansioso para que fosse exibido na TV. Acho que o público vai curtir muito também.
Qual o diferencial da série? Que elementos fazem de ‘Arcanjo’ um produto especial?
O diferencial de “Arcanjo” é muito relacionado à construção que o José Junior estabeleceu imprimindo muita verdade no roteiro e tendo o apoio e a participação na obra de muitas pessoas que viveram e fazem parte daquela realidade diariamente. A série apresenta temáticas que estão no dia a dia dos brasileiros como polícia, política, a vida nas favelas. É muito gratificante poder retratar de forma tão verdadeira e próxima da realidade essa história, mesmo sendo uma obra de ficção.
Você fez um árduo processo de composição para viver o Mikhael. Como foi a sua preparação?
O Arcanjo foi uma forma diferente dos outros trabalhos porque eu interpreto o líder de uma equipe policial muito bem preparada e instruída e que necessita de uma preparação física e mental específicas para o tipo de trabalho que eles enfrentam. Então, tive que investir numa alimentação mais saudável mudando os hábitos alimentares. Foram três semanas de treinamento intensivo para aumentar o condicionamento físico com foco principalmente para as cenas de ação.
Mikhael é seu primeiro protagonista e também a sua estreia num projeto cirado por José Junior. Como surgiu o convite para a série?
O José Junior me convidou durante um almoço. Já nos conhecíamos por conta dos projetos do AfroReggae e do Nós do Morro. E fiquei muito lisonjeado quando o Junior me contou que ao escrever a série pensou em mim para dar vida ao Mikhael. Eu me identifiquei de imediato com a história de vida do personagem. Na ocasião, também estava num momento da carreira que eu buscava desafios, algo que exigisse mais de mim. E o Mikhael foi perfeito nesse processo.
Como você define o personagem?
Eu defino o Mikhael como um brasileiro, um ser humano que busca fazer o certo dentro do possível num mundo em que muitas vezes a gente fica confuso em o que é certo e errado. Ele é um cara introspectivo e que não teve tanto afeto na vida, com uma passagem da infância para a adolescência muito conturbada e isso influencia bastante o psicológico do ser humano. Acredito que isso define muito o caráter e a índole dele. Mikhael tem determinação, foco, mas, ao mesmo tempo, tem um vazio dentro dele.
A série é bastante realista e aborda muitas ações do Bope em comunidades, além de outras situações recorrentes nas comunidades do Rio. Para você, que cresceu e viveu no Vidigal, o que significou interpretar essas cenas de ação no Complexo da Maré?
É simplesmente contar uma história de seres humanos singulares. Eu pude conhecer um pouco mais do lado humano da polícia, entender a função e a postura deles dentro do trabalho, o perigo da profissão. Por outro lado, sendo uma pessoa que veio de uma comunidade, também sabemos que é um movimento conduzido pelo sistema. Acima de tudo sou a favor sempre do respeito ao ser humano.
Entrevista: Comunicação Globo