No último final de semana, mais um caso de racismo no esporte revoltou as pessoas e gerou debates nas redes sociais, dessa vez a repercussão foi imediata e intensa, pois envolvia o atleta Neymar Jr.
Após ser chamado de “macaco” por um jogador branco e ter sido expulso por reagir, Neymar desabafou sobre o assunto nas redes sociais e levantou a #racismoaquinao.
Nessa quarta-feira (16) o ex- goleiro Aranha participou do programa Encontro com Fátima Bernardes para debater o assunto. Para Aranha, os casos racistas em estádios de futebol têm mais visibilidade por causa das redes sociais: “Não tem aumentado os casos, tem aumentado o número de denúncias. Principalmente porque temos à disposição a internet, smartphone e as redes sociais, que facilitam a divulgação e a propagação dessas coisas“.
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Aranha lembrou de quando sofreu racismo em 2014, durante uma partida entre Grêmio e Santos, clube em que Aranha jogava à época, o ex-goleiro foi insultado pela torcida gremista e tomou atitudes em campo. “Eu fiz o que a regra permite ou determina: comunica o árbitro e ele toma a decisão. Quando passei a informação, que não precisava, porque eram muitas pessoas fazendo a mesma coisa, ele não quis tomar uma atitude. Me mandou voltar para o gol. Quando voltei, a torcida comemorou aquele momento, quase que dizendo: ‘aqui é assim mesmo e fica na sua’. A minha volta para o gol acabou causando minha revolta maior“, contou ele.
Aranha também esclareceu que ele não processou o Grêmio pois quem entrou com a ação contra o Grêmio foi o Ministério Público. Quando entrei no vestiário, vi as imagens e tinha prova daquilo que tinha acontecido, fui, assinei e levei adiante o processo. E afirmou que, se não tivesse provas do ocorrido, seria aniquilado: Depois da minha atitude, se eu não tivesse provas, eu seria aniquilado. Com certeza“.