
Depois de ter um relacionamento revelado no Twitter, Roger Cipó afirmou que não vai expor detalhes sobre sua vida na internet. “Eu não vou expor mais detalhes da minha vida, fora os expostos e que dizem respeito a histórias, acordos e decisões que envolvem duas pessoas. Embora muitas pessoas esperem uma versão minha com justificativas, não darei. Não é aqui”, disse o comunicador em nota enviada ao Mundo Negro.
Cipó está sendo acusado de manter um relacionamento amoroso às escondidas com uma mulher negra por três anos. Ela expôs o caso nas redes sociais e ganhou o apoio de diversas pessoas na rede. “Eu me pronunciei para quem tem direito ao pronunciamento. Conversei com quem é de direito e faz parte desse lugar, na minha vida. E não é uma conversa de hoje”, relatou ele.
Notícias Relacionadas



“Isso não é fuga do assunto, é a forma como decido lidar com isso, nesse momento. Inclusive, assumindo o que isso pode se tornar, nesse espaço. Aqui, na internet, não é sobre como eu decidir estar ou não numa relação, como eu comunico ou não, como eu fiz escolhas certas e erradas, como eu pude lidar com meus sentimentos e com os sentimentos de outras pessoas; Como eu decidi viver algo da minha vida que fez mal a vida de alguém. Como eu decidi manter relação com alguém que eu ficava e que, mesmo sem namorar, teve todas as suas questões atravessadas por isso. Aqui, sei das minhas responsabilidades e todas foram assumidas no lugar necessário”, pontuou Roger Cipó.
A jornalista Maíra Azevedo, conhecida como Tia Má, comentou: “Quando eu falei que não dava para discutir masculinidade negra sem tratar como os homens negros tratam as mulheres pretas, me disseram que esse tema era para ser exclusivo entre eles! Então…grupo pra todo mundo abanar o fogo do outro, sem se preocupar com os incedios q causam [sic].
Quando eu falei que não dava para discutir masculinidade negra sem tratar como os homens negros tratam as mulheres pretas,me disseram que esse tema era para ser exclusivo entre eles! Então…grupo pra todo mundo abanar o fogo do outro, sem se preocupar com os incedios q causam
— Maíra Azevedo 👠 (@tiamaoficial) March 14, 2023
Outra pessoa teria criticado o fato de Cipó ser um dos nomes mais conhecidos quando se fala em masculinidades negras.
bom dia com essa fofoca neigra na TL
— Nonny |Beba Agua| 💦💧 (@aanonnyma) March 14, 2023
Eita como os baluartes das masculinidades negras se revelam com tempo né
Outra pessoa apontou o fato de Roger Cipó falar sobre relacionamentos negros e não assumir quando está em um.
lançou app de paquera neigra, que fomenta amor preto, mas na hora de assumir a pretona… https://t.co/0gaPNbLL1M
— Preta Araújo (@pretaraujo) March 14, 2023
Em nota ao Mundo Negro, Roger Cipó respondeu: “Embora muitas pessoas esperem uma versão minha com justificativas, não darei. Não é aqui. Eu me pronunciei para quem tem direito ao pronunciamento. Conversei com quem é de direito e faz parte desse lugar, na minha vida.”
Abaixo, a nota completa de Roger Cipó, enviada ao Mundo Negro:
“Embora muitas pessoas esperem uma versão minha com justificativas, não farei um texto assim. Me pronunciei para quem tem direito ao pronunciamento. Conversei com quem é de direito e faz parte desse lugar na minha vida, pois não é uma conversa de hoje, nem desse
fórum.
No entanto é importante dizer que, fato comum é que nós nos relacionamos, não namoramos. Não existiu um namoro escondido, porque não existiu um namoro, por mais próximos estivéssemos disso em alguns momentos; e isso foi dito e reforçado diversas vezes, o que inclusive trouxe a possibilidade de ambas as partes exercerem suas vontades.
Isso não diminui a história, seus contornos e impactos, por tudo que isso implica. Mas, é uma verdade, e quem conviveu sabe. Eu não darei detalhes dessa relação e nem irei expor situações delicadas em que passei, onde as formas e decisões foram em diálogos, discussões, ora em acordos, ora cada pessoa decidindo por si, ora com erros, ora em brigas… mas onde tudo era sempre comunicado, ainda que com dificuldades.
Em alguns momentos e por coisas sensíveis da minha vida, decidi sim manter tudo reservado por algum tempo, mas não escondido. E entendo o que isso possa significar aqui, mas escolhi reservar à minha família, aos meus amigos, à minha comunidade. Inclusive para ter clareza do que se tratava tal relação, para mim, antes do que ela pudesse significar ou ser definida por outras pessoas; principalmente pela complexidade e desconforto que ela se colocava. Afinal, tratava-se exclusivamente da forma com que eu e uma segunda pessoa escolhemos ou não, trilharmos uma relação.
Por isso, também sempre foi importante dizer como eu estava para aquela relação, o que eu queria e o que eu estava disposto a realizar; porque assim como a outra parte também estive disposto afetivamente a apoiar e me envolver, como me envolvi e apoiei. Meu erro foi não ter ido embora, ao perceber que eu não supria as expectativas de outra parte, mesmo sinalizando que era isso que eu poderia entregar no momento e que até então “parecia” de comum acordo.
Afinal, éramos pessoas se relacionando, se gostando e até dividindo coisas, espaços, círculos de amizades que testemunharam a história. Isso não me isenta de culpas que carrego, em relação às formas que lidei com situações adversas e bastante delicadas, que também me atingiram. Mas, não vou expor detalhes da minha vida, fora os já expostos e que dizem respeito a uma história que não se define na
internet.
Entendo as expectativas, sobre outras formas de justificativas, culpas, e esclarecimentos, mas é algo que compete às pessoas em questão, a nossa comunidade que viu o que precisava ver sobre tal história. Com seus erros, acertos, contradições e detalhes que não
dizem respeito aqui. É a forma que consigo lidar com isso, nesse momento.
Nessa relação, em específico, eu optei por não namorar e comuniquei isso de diferentes formas, também me retirando. Os meus motivos, não vou expor. Eles foram discutidos, debatidos, mas ficamos, aceitamos, e nos relacionamos com toda a carga e coisas que nos atravessavam, com uma série de equívocos que eu produzi, dos quais eu me responsabilizo e que resultaram nesse lugar lamentável, de hoje.
Na minha vida, meus namoros tiveram começos, meios e fins. Suas coisas boas e ruins, mas existiram. A minha história versa disso. A minha história anterior a essa relação, fala de namoros longos com mulheres negras, complexos em momentos, bonitos em outros, mas que se iniciaram, terminaram, retornaram, mudaram formatos. Existiram. Algumas histórias importantes ficaram e se transformaram em outras coisas, pela compreensão do que existiu.
Talvez, esse texto não seja sobre eu decidi estar ou não numa relação, como eu comunico ou não, como eu fiz escolhas certas e erradas, como eu pude lidar com meus sentimentos e com os sentimentos de outras pessoas; e também não é sobre expor como eu decidi manter relação com alguém que eu ficava e que, mesmo sem namorar, teve todas as suas questões atravessadas, das mais diferentes e delicadas formas.
Aqui, sei das minhas responsabilidades e todas são assumidas, no lugar necessário, no diálogo necessário. E eles aconteceram.
Em respeito a toda a história, eu encerro esse texto, aqui. As lamentações inerentes à essa história foram direcionadas ao seu lugar de direito, assim como as retratações e todas as ações que versam da minha responsabilidade. Escrevo para posicionar, mas não detalho, não rebato julgamentos, não respondo ofensas, porque, embora entenda que essa situação abra espaço para um debate maior que a relação, a história que vivi, não é um assunto público, e que mesmo tratando de episódios e detalhes da vida de pessoas públicas, tem as suas reservas de direito que, não necessariamente, precisa estar nesse lugar para que alheios opinem, julguem e definem o que é.
Sem mais,
Roger Cipó”
Notícias Recentes


