Joe Ligon foi condenado à pena perpétua aos 15 anos, após se declarar culpado de acusações decorrentes de uma onda de roubos e esfaqueamentos na Filadélfia, acompanhado de outros 4 amigos.
Os crimes deixaram seis feridos e duas pessoas mortas.
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Em quase sete décadas na prisão, recusou a liberdade condicional em ao menos duas oportunidades, pois, segundo ele, ficar sendo vigiado o resto de sua vida não era viver em liberdade. Agora, aos 83 anos, conseguiu sua liberdade e começará a sua integração na sociedade.
Na década de 1970, ele e seus companheiros de ‘arruaça’ receberam a opção de clemência do governador da Pensilvânia. Enquanto dois dos homens optaram por aceitar a oferta – que significava estar em liberdade condicional – Ligon a rejeitou.
“A criança que cometeu esses crimes em 1953 não existe mais. A pessoa que saiu da prisão em 2021 tem 83 anos, cresceu, mudou e não é mais uma ameaça”, disse seu advogado. “Ele retribuiu amplamente à sociedade pelos danos e prejuízos que causou. E agora, é apropriado que ele passe os últimos anos de sua vida em liberdade.”
Bridge [advogado de Joe], que representa o caso há 15 anos, teve o pedido de liberdade negado pela justiça, mas persistiu na causa e argumentou que uma sentença de prisão perpétua por um crime que Ligon cometeu quando jovem era inconstitucional.
Depois de uma audiência fracassada no tribunal intermediário de apelação da Pensilvânia, o advogado conseguiu levar o caso ao tribunal federal e venceu a questão em novembro de 2020, que finalmente concedeu a Ligon a liberdade sob seus próprios termos em 2021.
Fonte: CNN Brasil