Faltando menos de 10 dias para a final do Big Brother Brasil 22, Jessilane foi a 15ª eliminada do programa, com 63,63% dos votos. Amante da sala de aula, para Jessi, sua trajetória no reality foi cheia de desafios, conturbada mas vitoriosa. Agora, ela revela planos para continuar na área da educação, aproveitando, antes disso, cada momento e cada oportunidade após a experiência dentro do BBB. “Eu não pretendo voltar para a sala de aula em um primeiro momento. Nesses primeiros meses, eu quero aproveitar outras experiências que o programa vai me trazer daqui para frente. Mas quero, sim, continuar na área da educação, falando da Libras“, diz a baiana em entrevista para a TV Globo.
“Quero também falar sobre outras questões de empoderamento, independentemente da área que for. Quero dar voz a outras coisas. Vou aproveitar esse momento para me descobrir em outros lugares que eu não conheço. Então, tudo que tiver de oportunidade para mim eu vou abraçar. Mas, claro, eu amo dar aula! Foi isso que construiu a minha trajetória, o meu jeito de ser”, destaca Jessilane. “Não tem como eu dizer que não vou mais dar aula porque eu gosto de dar aula. Muitas vezes, eu falava para os meus alunos: “eu estou dando aula para vocês não é por causa de dinheiro, não, é porque eu gosto mesmo” (risos). Porque, de fato, essa não é uma profissão muito bem paga, é por amor, mesmo. Não tem um sentimento que explique o que é ensinar, eu gosto muito! Vou viajar por tudo que eu puder fazer, mas sempre lembrando que eu sou professora, que gosto de dar aula, que quero ensinar, que eu quero estar na educação mesmo”.
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Sobre o jogo no BBB, Jessi revela torcida para Pedro Scooby: “Ontem eu falei uma coisa, mas hoje vou “desfalar”. Falei sobre o Eli, mas agora entendendo todo o contexto, a minha torcida é pelo Scooby. Eu já tinha falado com ele em uma festa que se ele ganhasse o prêmio eu ficaria muito feliz. E se ele ganhar eu realmente vou ficar muito feliz porque ele é sensacional, uma pessoa incrível.”
Comentando ainda sobre sua própria passagem reality show, Jessi comenta que se viu completamente perdida, por isso sentiu a necessidade de se posicionar de forma mais intensa no programa. “Acho que a minha passagem foi a coisa mais conturbada e contraditória que eu já vivi na minha vida (risos). Eu imaginava que eu fosse chegar lá, fazer e acontecer. E aí eu entrei e me vi completamente perdida, com medo de tudo e todos, sem conseguir me posicionar, sem conseguir viver o que eu queria viver. Só que de tanto ser atacada nesse lugar, eu acabei entendendo que se eu não me movimentasse não daria certo. E aí acontece o jogo da discórdia da “história do BBB”. Naquele dia eu pedi a Deus para me dar forças o suficiente para falar: “gente, chega”. Eu consegui me posicionar e falar por que eu estava ali, o que eu queria, como eu cheguei até ali e como iria jogar, para que todo mundo entendesse qual era a forma que eu decidi jogar“, conta a professora de Biologia. “Daí para frente a minha história se transformou dentro do programa. Eu cresci como jogadora, como indivíduo, e todo mundo reconheceu esse crescimento. Não foi uma coisa que só eu percebi, todos da casa perceberam. Eu acredito que essa foi a chave para que, hoje, as pessoas me digam aqui fora que a minha trajetória foi bonita, que eu consegui transformar a minha história no BBB e tive tempo para fazer isso, graças a Deus“.
Para a Globo, como você confere abaixo, Jessi avalia a própria estratégia de jogo, os motivos que levaram à sua eliminação, as amizades que fez na casa e o aprendizado com o reality.
Globo: Por que acha que foi eliminada?
Jessi: Eu acho que por uma questão que vai muito além da minha trajetória lá dentro. É mais sobre torcidas, mesmo. Aparentemente o Arthur está muito forte e, de alguma forma, eu era um risco para ele. Provavelmente a galera não queria que ele tivesse algum tipo de problema até a final e votou para eu sair“.
Você, Lina e Natália têm personalidades bem diferentes e tiveram estratégias diferentes no BBB. Na sua visão, o que uniu vocês três e manteve a amizade?
No início, foi o fato de termos ficado no quarto Grunge e sermos as únicas meninas de lá, junto com a Naiara Azevedo. Com isso, o Lollipop já tinha se fechado, eles eram muito unidos, e a gente meio que ficou “largada”. Então, ou a gente se unia, se fortalecia e não soltava a mão, independentemente de qualquer coisa, ou a gente ia jogar cada uma por si sem ter construído nenhum vínculo afetivo. Isso fez com que a gente se unisse e, depois que de fato viramos amigas, isso acabou crescendo. Nossos sentimentos umas pelas outras eram independentes das discussões, das brigas. Era entre tapas e beijos, mas a gente se apoiava muito. Sempre tentamos colocar uma a outra para cima, dizendo que iríamos conseguir. Fomos eliminadas praticamente juntas, uma seguida da outra, e chegamos quase à final do BBB. Fomos a final feminina! Eu, Natália e Lina fomos o “Top 3” das meninas. É uma vitória também. Mesmo não sendo a campeã, para mim, eu já ganhei. Fui a última mulher a deixar o programa, fiquei o máximo que eu podia ficar, curti tudo que eu podia curtir… Foi incrível!
Teria feito algo diferente no confinamento, olhando para trás?
Talvez no início. Se eu tivesse dado o start um pouco antes, talvez eu tivesse conseguido viver muitas mais experiências positivas, talvez chorado menos… Mas, ao mesmo tempo, eu acredito que se tudo está assim foi devido a esse momento tenso que eu tive que passar lá dentro para construir essa nova Jessi, essa Jessi que fala mesmo, que batia de frente, que respondia na hora que tinha que responder. Então, o sentimento é de que talvez eu mudaria um pouco o início, também, o de estar conformada com o que aconteceu porque foi importante.
Que aprendizados leva do BBB?
Lá dentro a gente desconstrói um monte de coisas e reaprende outras. Muitas coisas eu fui pensando de uma forma e mudou quando eu ouvi outras pessoas falarem, vi diferentes contextos. Isso me transformou muito. Não tem como entrar no BBB e sair sendo a mesma pessoa. Falamos sobre o Scooby e ele, por exemplo, trouxe para mim uma nova visão sobre a vida, sobre ver as coisas de forma mais positiva. Ele sempre falava sobre a metade do copo, o meio cheio. E uma das coisas que eu vou trazer comigo é essa leveza, sempre acreditar que o melhor vai acontecer, que nada é o fim do mundo e, se não der para resolver algo, a gente faz outra coisa… É sobre ser paciente com as coisas que a vida traz, ter calma e tentar resolver da melhor forma possível. O BBB é incrível, a melhor experiência de todas!