Mundo Negro

Anitta causa revolta na comunidade negra após dizer que o funk se popularizou graças ao seu trabalho

Foto: Rock In Rio / Reprodução.

A cantora Anitta utilizou sua rede social nesta segunda-feira (12) para falar sobre a popularização do funk no Rock In Rio 2022. A artista deu a entender que o ritmo se tornou forte graças ao seu trabalho ao longo dos últimos anos. “Então agora que já acabou de fato e não tem mais outra semana… pra não deixar ninguém de fora.. vim mandar o meu DE NADA”, escreveu no Twitter.

A publicação da cantora não foi vista com bons olhos pela comunidade negra nas redes sociais. Menção foi parar entre os assuntos mais comentados do país. Muitos destacaram a forma como o funk é um ritmo de origem preta e que muitos precursores negros não receberam o devido reconhecimento por conta do racismo no Brasil. A fala de Anitta também não caiu bem, principalmente após o show de Ludmilla no festival, que se tornou o assunto mais comentado do mundo no último domingo.

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“A Anitta realmente acha que criou o funk né?! aquela consultoria com a amiga dela só foi pra questão política, porque a questão racial e o privilégio branco a bicha continua fingindo que não existem”, escreveu a influenciadora Gaby Oliveira. “Se crescer pra cima de artista preta pra atrair holofotes é o Marketing que branco mais sabe fazer”, publicou o influenciador Levi Kaíque nas redes.

Após a enxurrada de comentários negativos, Anitta realizou outra publicação, pontuando seu posicionamento. “E pra quem tá dizendo que estou incomodada com o show de fulana. Independentemente das minhas questões pessoais minha opinião profissional é que deveria ter sido colocada no lugar respectivo ao seu sucesso… palco mundo. Então isso tem a ver com um buraco muiiiito mais embaixo”, disse ela, num possível comentário para Ludmilla.

Pioneira do funk, a cantora Tati Quebra Barraco utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira para agradecer Ludmilla pelo show no Rock In Rio 2022. “Parabéns por reconhecer que não importa quem fez mais ou menos, o importante é nosso movimento e nossa luta ser prestigiada”, escreveu Tati. “A história não se apaga, sabemos quem abriu, quem fez e quem faz”.

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