Mundo Negro

Amazônia Legal é a região que mais mata crianças e adolescentes; quilombolas e indígenas são os mais afetados

Foto: Paulo Hebmüller/AmReal

Mortes violentas de crianças e adolescentes na Amazônia Legal – que engloba a região Norte, Mato Grosso e o Maranhão – foram 34,3% maior que a média nacional, em 2021, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quarta-feira (21).

No Brasil, foram registradas 8,7 mortes violentas de crianças e adolescentes a cada 100 mil pessoas de 0 a 19 anos, mas na Amazônia Legal, a taxa chegou a 11,1 casos por 100 mil, na mesma faixa etária, um percentual bem maior.

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São consideradas mortes violentas: homicídios dolosos (quando há intenção), mortes em decorrência de intervenção policial, latrocínios e lesão corporal seguida de morte.

Os dados também indicam que a região concentra 20,7% das mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes do país, sendo que o território da Amazônia Legal registra 16,3% de crianças e adolescentes. 

A Amazônia Legal tem sido exposta a uma atuação cada vez mais intensa de garimpo e grilagem de terras, por exemplo. Entre 2020 e 2021 houve um aumento de 55% nos assassinatos na região. As comunidades nas cidades e na floresta, entre povos ribeirinhos, quilombolas e indígenas, são as mais afetadas com suas crianças e adolescentes, nessa violência.

A violência sexual também é um indicador preocupante contra esses grupos. Ainda segundo os dados, a taxa de estupros é 7,6% maior que a média nacional, sendo 90,9 estupros a cada 100 mil crianças e adolescentes. A média nacional é de 85,5 por 100 mil habitantes. Nove em cada dez vítimas são meninas.

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