Em 2016, Alicia Keys chamou atenção da mídia ao revelar que não iria mais utilizar maquiagem em suas aparições públicas. A artista se tornou o centro de diversos debates sobre a beleza em Hollywood. À época, a vencedora do Grammy declarou que sua posição de não utilizar mais maquiagem fazia ela se sentir mais forte, mais poderosa e mais livre, porém, ela não era contra quem utilizava os itens de pele.
Em nova entrevista para a People, Keys classificou o momento como ‘rebelde’. A artista diz que estava buscando validação das pessoas, numa indústria sufocante. Ela se sentiu compelida a contrariar os padrões de beleza. “Estava obcecada pela validação dos outros. É difícil ser [você mesma]. Quem é você? Quem realmente é você, na maioria das vezes? É complicado, especialmente no início”, disse ela. “Você está tentando se encaixar. Você quer que as pessoas gostem do que você está fazendo, quer feedback positivo. E quando você não entende isso, é chocante e definitivamente desconfortável.”
Notícias Relacionadas
Keys, que voltou a incorporar a maquiagem em suas aparições, relata que aprendeu a lidar com todas as reações de suas atitudes. “Era a minha relação com a beleza de várias maneiras, falando sobre beleza e como eu achava que tinha que me representar de uma forma que deixasse outras pessoas felizes”, contou ela.
Ao relembrar o início da carreira, a cantora diz que sempre se sentiu pressionada a tentar se encaixar nos padrões. “Eu sempre me senti como se fosse uma jovem apenas entrando no mundo da música, explorando, aparecendo na televisão e se apresentando sob luzes quentes e suando e simplesmente [estar] em um universo totalmente novo – era como um universo alienígena,” relatou. “Eu não me sentia eu mesma. Eu senti que tinha que me conformar com as expectativas de todos sobre o que eles pensavam que eu era ou deveria ser. E realmente foi preciso muita disciplina e muito tempo antes de chegar ao ponto onde percebi que não precisava ser essa pessoa, que não precisava realizar os sonhos que outras pessoas tinham sobre mim. Na verdade, eu poderia ser apenas quem eu sou.