A 9ª edição do Julho das Pretas celebra o mês da Mulher Negra, Afrolatina Americana e Afrocaribenha
Organizações, coletivos, e mulheres negras de todo Brasil estão em plena celebração a 9ª edição do Julho das Pretas, ação de incidência política coletiva, criada pela ONG baiana, Odara – Instituto da Mulher Negra, e que amplia para os 31 dias do mês as
ações internacionais do 25 de Julho – Dia da Mulher Afro-Latino Americana e Afro-Caribenha, e dia nacional de Tereza de Benguela.
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Este ano, com o tema “Para o Brasil genocida Mulheres Negras apontam a solução”, a 9ª edição do Julho das Pretas tem como finalidade denunciar as diversas formas de genocídio da população negra e mostrar como as mulheres negras têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista, antipatriarcal e pelo Bem Viver.
Na agenda de 2021 estão previstas 322 atividades, que estão sendo realizadas por grupos, coletivos, instituições religiosas, associações, unidades acadêmicas, dentre outras, sempre sob o protagonismo e liderança de mulheres negras. As atividades, ainda por conta da pandemia, acontecerão em sua maioria em formato digital e podem ser conferidas no site Instituto Odara, e diariamente no perfil @julho_das_pretas.
Entre o conjunto de atividades do Julho das Pretas, as mulheres abordarão temáticas diversas como: participação política, violências, segurança digital, espiritualidade, protagonismo das mulheres na academia, marketing, saúde mental, empreendedorismo, dentre outros.
Com o formato virtual, a previsão é que mais pessoas possam participar das ações, é o que aponta a jornalista Ivana Braga, do Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, organização de São Luiz (MA) que compõe a secretária executiva da Rede de Mulheres
Negras do Nordeste. “A força desses coletivos tão diversos, em termos de perfis etários, profissionais, políticos, territoriais e culturais dá a dimensão do poder dos movimentos de mulheres negras”, afirma a ativista.
JULHO DAS PRETAS — O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda coletiva criada em 2013
pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e que ganhou o país através da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), de centenas de coletivos e organizações de mulheres negras e de
milhares de pretas que se organizam em ações coletivas ao longo dos últimos 9 anos, para registrar o mês de Julho na agenda pública do país.