Em celebração ao aniversário de 60 anos da TV Globo, o Mundo Negro relembra a “A Próxima Vítima”, a primeira novela que trouxe no elenco uma família negra de classe média na trama, exibida em 1995 pela emissora.
Escrita por Sílvio de Abreu e exibida no horário nobre da TV Globo, a família Noronha, foi composta pelo contador Cleber (Antônio Pitanga), casado com a secretária Fátima (Zezé Motta). Eles eram pais de Sidney (Norton Nascimento – In Memoriam), gerente de banco, do universitário Jefferson (Lui Mendes), e da estudante Patrícia (Camila Pitanga), que tinha o sonho de se tornar modelo. Sidney namorava Rosângela (Isabel Fillardis), que também trabalha como secretária, e Jefferson namorava Sandrinho (André Gonçalves), um dos primeiros casais gays da dramaturgia.
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Camila Pitanga gravou a novela quando tinha 17 anos, um dos seus primeiros grandes trabalhos na televisão. Ela relembrou a experiência no mês passado, em entrevista ao AdoroCinema.
“Essa novela é muito emblemática em várias camadas. Primeiro no campo afetivo que eu estava contracenando com meu pai. Eu tava contracenando com a Zezé Motta, que vem ser a pessoa que apresentou meu pai e minha mãe, e que eu amo de paixão! Inclusive já fui filha dela em outros trabalhos”, contou.
“A novela tinha vários temas, várias reviravoltas. A questão de quem matou quem. Mas esse era um braço muito caro pro Silvio de Abreu, no sentido de mostrar uma família negra e entender do ponto de vista dele que é um homem branco, como que isso poderia ressoar no país. E é doido assim. Que era um pouco mais complicado do que imaginava. Era uma família preta e que ela tinha problemas com os brancos. Parecia que não existia problema em ser negro na sociedade que a gente vive”, disse.
E completa: “que bom que a vida anda e a gente vai tendo outras camadas, outras leituras, mas é uma novela muito cara, muito significativa no meu trabalho, por todos esses motivos”.
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