O cinema negro tem conquistando muito: após levar o Prêmio Canal Brasil e o prestigiado Candango de Melhor Direção no 53º Festival de Brasília o filme A Morte Branca do Feiticeiro Negro (Rodrigo Ribeiro, 2020) levou o prêmio de Melhor Curta-metragem de 2020 pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema – ABRACCINE <
O documentário traz uma inédita história dos tempos de escravidão no Brasil e reflete sobre a invisibilização do povo preto, “ A Morte Branca do Feiticeiro Negro” já circulou em menos de um ano de lançamento por mais de 40 festivais pelo mundo, acumulando até então 15 prêmios.
Notícias Relacionadas
Nesta quinta-feira (18) o documentário estreia em Lisboa
SINOPSE
Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
CINEMA NEGRO EXPERIMENTAL
Nesta obra, som e imagem são veículos sinestésicos utilizados para retratar um pesaroso legado histórico diante do qual o sentimento não deveria ser outro senão repulsa e assombro. Imergindo nas instâncias mais subjetivas desse processo, recobramos o preço de três séculos de escravidão negra no Brasil. As chagas que pareciam insondáveis são representadas através da materialidade dos acervos históricos que resistem à precisão cronológica e, por isso mesmo, transformam-se em um discurso sobre a permanência. Os efeitos desse legado são duradouros e ainda sub-representados no imaginário coletivo, de modo que para contemplar esse autorretrato é necessário confrontar uma dor persistente, rompendo o silêncio que assombra nossa memória. Através de um cinema negro experimental, feito de afeto e mal-estar, produz-se um retrato poético da dor.