O cinema brasileiro ganha um novo e potente retrato das lutas e resistências de mulheres negras com A Melhor Mãe do Mundo, dirigido por Anna Muylaert e estrelado por Shirley Cruz e Seu Jorge. O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de agosto, com distribuição da +Galeria.
Já reconhecido em festivais internacionais como o Festival de Berlim e o CinéLatino Toulouse, o longa acompanha a trajetória de Gal, uma catadora de materiais recicláveis que foge da violência doméstica para proteger seus filhos, Rihanna (Rihanna Barbosa) e Benin (Benin Ayo). Em meio às ruas de São Paulo, Gal carrega o desejo de sobrevivência e a esperança de um futuro livre para ela e sua família.
Notícias Relacionadas

Seu Jorge vive Leandro, o agressor de Gal. Segundo a diretora Anna Muylaert, a escolha do ator foi estratégica. “Escolhemos o Seu Jorge justamente porque ele é um dos homens mais bonitos, carismáticos e poderosos do nosso cenário artístico hoje, além de ser um músico de samba, o pináculo da cultura preta do Brasil”, afirma a cineasta.
A presença de Seu Jorge reforça o impacto do filme. O artista, que construiu uma carreira sólida no cinema com atuações em Cidade de Deus (2002), Marighella (2019), The Constant Gardener (2005) e A Vida Marinha de Steve Zissou (2004), dá vida a um personagem que representa uma dura realidade ainda presente em muitas famílias brasileiras.
A narrativa de A Melhor Mãe do Mundo aprofunda questões sobre maternidade negra, liberdade e os desafios enfrentados por mulheres em situação de vulnerabilidade social. Anna Muylaert, já reconhecida por seu olhar sensível em obras como Que Horas Ela Volta?, volta a abordar os dilemas da maternidade em um contexto marcado por desigualdades e violência.
O elenco também conta com nomes como Luedji Luna, Dexter, Rejane Faria e Katiuscia Canoro, além de Shirley Cruz e dos jovens talentos Rihanna Barbosa e Benin Ayo.
Mais do que um filme de denúncia, A Melhor Mãe do Mundo é um convite à reflexão sobre os caminhos possíveis para romper ciclos de violência e construir novas histórias de afeto e liberdade para mulheres negras e seus filhos.