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55 tons de pele e 8 tipos de cabelo: a diversidade brasileira é uma das maiores do mundo e um desafio para dermatologistas

Foto: Divulgação.

Você sabia que é possível encontrar no Brasil 55 dos 66 tons de pele mapeados pelo mundo? Os dados foram divulgados pelo Grupo L’Oreal no Brasil, durante o evento de lançamento da iniciativa “Dermatologia + Inclusiva”, que aconteceu no dia 14 de novembro e reuniu dermatologistas de diferentes lugares do Brasil para falar sobre a diversidade das peles brasileiras. 

Na ocasião, uma das divisões do grupo, a L’Oréal Beleza Dermatológica, também anunciou que lançará em março de 2024, um edital que deve premiar pesquisas que tratam a diversidade de peles e cabelos brasileiros.

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Pesquisas mostram que, além dos 55 tons de pele encontrados no Brasil, existem 8 tipos de cabelo no mundo e que todos eles estão representados na população do nosso país. E com essa diversidade de peles, os profissionais de dermatologia e a indústria cosmética precisam atentar-se à necessidade de desenvolver produtos que atendam todos os tons de maneira adequada. 

“Cada pele possui suas particularidades, e isso sempre deve ser respeitado diante de uma queixa relatada. Ajustamos o tratamento a ser endereçado levando em consideração vários fatores, e o tom da pele é um dos principais”, afirmou a dermatologista Dra. Julia Rocha ao comentar sobre a importância de oferecer recomendações adequadas a cada tonalidade de pele.

Dra. Julia Rocha. Foto: Divulgação.

A especialista pontuou que uma gama maior de protetores solares que não deixam a pele com aspecto ‘esbranquiçado, russo ou acinzentado’ é uma demanda antiga de pessoas negras, em especial as de pele retinta, destacando as consequências da escassez de produtos para peles mais escuras. “O desconforto estético pode levar à não utilização ou à subutilização do protetor solar”.

Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostram que 78,7% dos negros não usam nenhum tipo de protetor solar por acharem desnecessário e os negros e pardos são 30% das vítimas fatais de melanoma, ou câncer de pele. 

Além disso, outras patologias também podem ser causadas na pele negra pela exposição excessiva aos raios solares sem qualquer proteção: “O melasma, as hipercromias pós-inflamatórias,a ceratose seborreica e a dermatose papulosa nigra são condições dermatológicas muito frequentes na pele negra”, acrescentou a Dra. Julia Rocha. “O uso correto do protetor solar, é a base do tratamento e da prevenção dessas queixas, sendo uma etapa indispensável”, continuou ela.

“Pacientes negros estão mais predispostos ao surgimento de manchas. Existem estudos que demonstram que a pigmentação resultante de algumas condições dermatológicas como a acne, para muitos pacientes negros, torna-se um problema mais impactante que as lesões que precederam o surgimento da mancha. O que leva a um comprometimento na qualidade de vida dos mesmos”, ressaltou a Dra. Julia.

“Estudos mais recentes vêm demonstrando que nos pacientes com fototipo alto [peles mais escuras], ocorre uma pigmentação mais intensa e persistente relacionada à luz visível. As manchas são desencadeadas ou pioradas pela UVA – principalmente a UVA de longo comprimento – e pela luz visível em pacientes negros”, explicou a médica, que destacou como a fotoproteção inclusiva traz um olhar voltado para esta especificidade.  “Atualmente, a principal opção para a fotoproteção contra luz visível é o protetor com cor, que nem sempre flutua bem dentre todos os tons e subtons de pele. Além disso, os filtros com cor podem ajudar na camuflagem de eventuais manchas que possam afetar negativamente a autoestima”, detalhou.

Diferenças importantes na recomendação de proteção solar com base nas diferentes tonalidades

A dermatologista afirmou que pessoas de pele clara estão mais propensas ao desenvolvimento de câncer de pele e queimadura solar devido à exposição à radiação UVB, enquanto pessoas de pele mais escura podem ter maior sensibilidade à radiação UVA, o que já diferencia o tratamento e a indicação de produtos voltados para a proteção da pele.

“Quanto à recomendação do protetor solar considerando-se o tom da pele, os estudos mais recentes vêm evidenciando pontos importantes. A radiação UVB afeta mais os indivíduos de pele clara, que por sua vez tornam-se com maior propensão ao desenvolvimento do câncer de pele e de queimadura solar.  Por outro lado, indivíduos de pele preta são mais sensíveis aos danos causados pela luz visível e pela radiação Ultravioleta A (principalmente a Radiação Ultravioleta A de longo comprimento). Esses subtipos de radiações são capazes de induzir o surgimento de manchas, principalmente na pele negra”, explicou. 

A médica explicou que o protetor solar com cor é uma boa opção diante das queixas dos pacientes de pele negra: “Sempre devemos optar pelo amplo espectro de proteção, e o protetor com cor, além de atuar contra as radiações UVA e UVB, a pigmentação presente, atua como uma barreira física e protege contra a luz visível”.

Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre L’Oréal e site Mundo Negro.

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