O Festival Latinidades chega à sua 18ª edição reafirmando sua origem, essência e potência a partir de Brasília, território de criação contínua e força ancestral. Após circular por cidades como Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e até Londres, o festival concentra neste ano suas ações no Distrito Federal, ampliando sua presença no centro político do país.
Mais que um festival, Latinidades é uma construção coletiva liderada por mulheres negras, que há quase duas décadas tensiona as estruturas da arte, da política e da cultura com uma perspectiva afrocentrada.
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A programação ativa diversos espaços públicos com arte, reflexão e reexistência. Entre os destaques está a Mostra Cine Afrolatinas, que ocupa o histórico Cine Brasília, com mais de 50 anos de existência, nos dias 30 e 31 de julho. Com curadoria de Edileuza Penha e Ceiça Ferreira, a mostra exibe curtas, longas e promove debates com diretoras negras do Brasil e da diáspora. A seleção inclui títulos como Bam Bam: The Sister Nancy Story, Um Dia com Jerusa, Nzinga – Rainha de Angola e Eu, Minha Mãe e Wallace, todos centrados em narrativas protagonizadas por mulheres negras.
A exibição de Bam Bam: The Sister Nancy Story marca a estreia nacional do documentário sobre a primeira mulher do dancehall jamaicano a alcançar projeção internacional. A tradução do filme para o português foi realizada pelo Instituto Afrolatinas, e a obra tem se destacado mundialmente por resgatar a trajetória de uma das figuras mais influentes da música global.
Além da exibição dos filmes, o festival também articula a presença de estudantes da rede pública e coletivos culturais nas sessões, reforçando seu compromisso com o acesso e a democratização do cinema. Para saber como participar dessas ações e se envolver nos chamamentos do Latinidades, acesse latinidades.com.br/chamamentos.
Nas artes visuais, duas exposições integram o festival. De 23 de julho a 23 de agosto, a mostra Alumbramento ocupa a Galeria 3 do Museu Nacional da República com obras de 25 artistas negros, indígenas e dissidentes. A proposta curatorial de Nathalia Grilo é guiada pelo cosmograma bantu, convidando o público a percorrer caminhos de espiritualidade e memória.
Na Estação Ceilândia Centro do Metrô-DF, a exposição Chão Ancestral transforma o espaço urbano em galeria pública de 25 de julho a 25 de setembro. As fotografias de Walisson Braga, Luiz Alves e Webert da Cruz celebram os 279 anos do Quilombo Mesquita e conectam mobilidade, ancestralidade e território.
No dia 26 de julho, o Museu Nacional será tomado por projeções visuais ao ar livre, reforçando a presença estética e simbólica do Latinidades na cidade.
Se arte é território de disputa, este é um convite: venha ver, ouvir, sentir e mover com a gente!
Confira alguns destaques da programação:
Exposição Alumbramento
23 de julho a 23 de agosto
Museu Nacional da República
Curadoria: Nathalia Grilo
Exposição Chão Ancestral
25 de julho a 25 de setembro
Estação Ceilândia Centro (Metrô-DF)
Fotografias de Walisson Braga, Luiz Alves e Webert da Cruz
Mostra Cine Afrolatinas
30 e 31 de julho
Cine Brasília
Filmes dirigidos por mulheres negras do Brasil e da diáspora
Curadoria: Edileuza Penha e Ceiça Ferreira
Estreia do documentário “Bam Bam: The Sister Nancy Story”
Homenagem à pioneira do dancehall jamaicano
Tradução: Instituto Afrolatinas
Lançamento do livro Empoderadas (versão em espanhol)
31 de julho | Cine Brasília
Com Renata Martins e Juliana Vicente
Projeções visuais noturnas
26 de julho
Museu Nacional da República
Acesse www.latinidades.com.br para conferir a programação completa, e siga também no Instagram: @festivallatinidades
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